domingo, 13 de junho de 2010

Clorexidina x Hipoclorito

Substâncias químicas da terapia endodôntica

Tanto em canais vitais quanto em canais necrosados, o uso de substâncias químicas auxiliares, com poder antimicrobiano, se faz necessário para um adequado preparo dos canais radiculares.

Uma substância química ideal para o tratamento endodôntico deve ser: bactericida, lubrificante, atóxica, remover smear layer, dissolver tecidos orgânicos, ser inodoro, ter ação reológica, remover smear layer, ter efeito residual ( substantividade ) e ser facilmente removido do canal. Esta substância ainda não foi encontrada ou criada.

Das substâncias utilizadas pelos profissionais do mundo, as mais referidas são o hipoclorito de sódio e a clorexidina. Tanto uma como outra com algumas variações, na concentração e/ou estado físico.

O hipoclorito de sódio é a substância química auxiliar mais utilizada, e por mais de oito décadas vem sendo empregada como auxiliar no combate às infecções. A preferência mundial por esta substância,é justificada pela sua capacidade de dissolução tecidual e seu poder antimicrobiano. O hipoclorito de sódio em concentrações mais elevadas tem um maior poder de dissolver tecidos devido às altas concentrações do hidróxido de sódio liberado frente às reações químicas com a água, presente nos canais radiculares (Estrela et al. 2002, Mohammadi 2008), porém é altamente irritante aos tecidos periapicais, (Gordon et al 1981, Mohammadi 2008), não devendo portanto realizar uma irrigação ativa para remoção dos debris. Mas sim uma irrigação passiva. Outrossim alguns autores questionam esta efetividade de dissolução tecidual em áreas mais profundas e de espaços diminutos como istmos, reentrâncias e terço apicais (Arruda et al. 2003, Wu et al. 2006).

A clorexidina é um detergente catiônico da classe das bisbiguanidas, que pode ser encontrada nas formas de acetato, hidrocloreto e digluconato; sendo este último o sal mais utilizado em fórmulas e produtos. Tem amplo espectro de ação agindo de forma eficaz sobre bactérias gram-, gram+, fungos, leveduras e vírus lipofílicos (Tortora et al. Apud Zanatta e Rosing 2007). Tem como uma de suas características a carga positiva de que é constituída a sua molécula, que interage de forma plena com a carga negativa da membrana citoplasmática bacteriana (Estrela et al. 2002, Gomes et al. 2003, Bevilacqua et al. 2004, Dameto et al. 2005, Zanatta e Rosing 2007).

Após utilização da solução de clorexidina, as paredes do tecido ficam impregnados pela droga o que caracteriza a sua substantividade, promovida pela natureza dicatiônica, onde uma extremidade da molécula se prende às paredes do tecido e a outra fica livre para interagir com bactérias (Zanatta & Rosing 2007). Estes autores afirmam que o mecanismo de ação anti-microbiano da clorexidina é explicado pelo fato de ser uma molécula catiônica ( carga +) que interage facilmente com a membrana celular bacteriana ( carga -) que é aniônica, promovendo interações eletrostáticas, provavelmente, por ligações hidrofóbicas ou por pontes de hidrogênio, interferindo nas trocas metabólicas levando a membrana citoplasmática bacteriana ao colapso.

O gel de clorexidina a 2%, tem uma outra característica de grande valor, que é de desenvolver uma ação reológica. Durante instrumentação os restos de materiais orgânicos e inorgânicos se acumulam na massa amorfa do gel, mantendo-os em suspensão, que são removidos com a irrigação ativa com soro fisiológico. Evitando portanto que estes debris se acumulem nas paredes dos canais, reduzindo sobremaneira a formação de smear layer.

Autor: Angelo Freire

sexta-feira, 9 de abril de 2010

MRA- Movimento Rotatório Alternado

Sistema automatizado Híbrido - Sistema de Movimento Rotatório Alternado


O preparo dos canais radiculares através da instrumentação mecânica ainda consiste na parte primordial e mais difícil do tratamento endodôntico.

Além de extremamente delicada e detalhada, a instrumentação deve atingir objetivos bastante claros que possibilitem uma melhor desinfecção dos sistemas de canais radiculares e também propiciar uma cavidade morfologicamente adequada que facilite a obturação do sistema de canais.

A anatomia radicular apresenta diversos desafios que consistem os obstáculos ao sucesso do tratamento endodontico.

Curvaturas, dupla curvaturas, atresias, cálculos pulpares dificultam o preparo adequado do conduto radicular além é claro da localização do dente no arco, dificuldade de abertura de boca do paciente e etc. Estas variantes anatômicas dificultam enormemente a negociação dos canais ate o forame para o estabelecimento da PATENCIA APICAL pelas limas endodonticas.

É incontestável que a maior dificuldade dos clínicos reside na obtenção da Patência apical.

Muitas limas endodônticas foram criadas para este fim, com diversas variações de design, porém ainda persistem um enorme índice de tratamentos incompletos devido a perda de patência apical e conseqüentemente tratamentos com insucessos.

Diversas técnicas que facilitam a PATÊNCIA APICAL são sugeridas por diversos autores que realmente facilitam esta fase do tratamento. Entretanto, são técnicas que demandam treinamento árduo e dedicação por parte dos clínicos.

Por fim, a instrumentação dos canais radiculares ainda consiste em uma das fases mais demorada do tratamento endodontico.

O desenvolvimento de sistemas endodônticos totalmente automatizados que facilitem e melhorem o trabalho endodontico sempre fizeram parte das publicações e congressos de endodontia.

Não importa o tipo de automatização empregada, se sistema sônico ou ultra sônico, oscilatório ou rotatório, o objetivo sempre é o mesmo: O adequado preparo do sistema de canais radiculares.

Todos os sistemas automatizados funcionam dentro das limitações da cinemática aplicada às limas. Ou seja, alguns propiciam uma melhor limpeza e desinfecção. Outros são mais rápidos. Outros são mais seguros.

Nos últimos anos, os sistemas rotatórios se popularizaram devido a sua enorme vantagem sobre outros sistemas.

Porem , assim como os outros sistemas automatizados, a patência apical nos sistemas rotatório é realizado na maioria das vezes de forma MANUAL, ou com limas manuais.

A realização da patência com limas manuais é apenas por motivo de SEGURANÇA. Limas rotatórias finas, necessárias pra negociar patência em canais curvos ou atrésicos, quando em movimento rotatório estão mais sujeitas a fratura do que limas manuais.

Com o avanço da tecnologia e motores elétricos mais sofisticados foi possível criar variações de cinemática que possibilitam a negociação dos canais ate a patência de forma também automatizada sem risco de fratura das limas apicais. Este procedimento facilita bastante o trabalho adequado do operador alem de potencializar o sucesso do tratamento endodontico.

A atuação conjunta destas 2 variações de cinemática caracterizam um sistema HÍBRIDO.

É importante frisar que sempre a instrumentação rotatória é preferível a instrumentação oscilatória ou manual pela qualidade de limpeza promovida.

A instrumentação manual ou oscilatória só se justifica em uma OPCAO de trabalho quando existir RISCO de fratura de limas.

Poderia se dizer a grosso modo que :

- A instrumentação rotatória é a mais limpa porem apresenta riscos enquanto a instrumentação oscilatória é a mais suja porem mais segura !!

A ideia de se juntar as duas cinemáticas visa empregar as vantagens de cada uma de forma a potencializar o preparo dos canais radiculares tanto em qualidade como em segurança.

Dr. Henrique Bassi

Livro sobre Inflamação e Reparação


O Prof. Alberto Consolaro, titular em patologia da Faculdade de Odontologia de Bauru - USP, publicou a obra "Inflamação e Reparo" pela Dental Press Editora. 2009.
Trata-se de um livro indispensável para todo profissional que se dedica à área da endodontia, alunos de graduação, pós-graduação e professores.
Com os mais modernos conceitos de pedagogia, apresenta um texto simples, objetivo, acompanhado de figuras que facilitam a compreensão das idéias mais modernas da patologia.
O mais fantástico é a explicação para nós, clínicos, do processo celular e molecular de indução, e reparo de lesões periapicais após o correto tratamento endodôntico.
A endodontia ficou mais rica com esta obra de referência internacional.

Ruy Hizatugu.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Organize seus arquivos

Site gratúito para organizar seus arquivos:
www.mendeley.com

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Pessoal, olha que legal que achei navegando na net!!

"Dentista não é Branco... é radiopaco

Dentista não é Negro... é radiolúcido
Dentista não entra... intrui
Dentista não sai...avulsiona
Dentista não tem atração... tem quimiotaxia
Dentista não morre...Necrosa
Dentista não vai pra frente...mesializa
Dentista não vai pra trás...distaliza
Dentista não chupa... faz sucção
Dentista não é dentuço... possui uma má oclusão de classe II
Dentista não é queixudo..possui uma má oclusão de classe III
Dentista não usa dentadura... usa uma PPR
Dentista não limpa... Faz Profilaxia
Dentista não Conserta.... Restaura
Dentista não manda sair...Dispensa
Dentista não presta atenção... analisa radiograficamente
Dentista não escova o dente... Remove a placa Bacteriana
Dentista não beija na boca.... troca Streptococcos Mutans
Dentista não prende.... anquilosa
Dentista não atrapalha...Impacta
Dentista não fecha.... oclui
Dentista não nasce... Erupciona
Dentista não baba... tem hipersalivação
Dentista não mistura... Manipula
Dentista não Arranca....Extrai
Dentista não corta.... Faz uma incisão
Dentista não abre...faz retalho
Dentista não tem céu da boca... tem palato
Dentista não dá a receita.... Prescreve
Dentista não fica roxo... tem um hematoma
Dentista não bebe... é etilista social
Dentista não esvazia... drena
Casa de dentista não tem entrada.... tem embocadura
Dentista não faz lama... Faz Smear Layer
Dentista não tampa... obtura
Dentista não chega ao topo... chega ao ápice!!!"